O Liverpool celebrou no último domingo sua 20ª conquista da Premier League após golear o Tottenham por 5 a 1 no Anfield. A vitória não apenas coroou uma temporada brilhante, mas igualou o clube ao rival Manchester United como o mais vitorioso do futebol inglês.
Curiosamente, analistas apontam que uma decisão de mercado pode ter sido crucial para esse sucesso: a escolha de não investir na contratação do meia Jude Bellingham, que acabou no Real Madrid.
No verão passado, o Liverpool enfrentou um dilema: investir pesado em Bellingham ou reforçar múltiplas posições. Optou pela segunda opção, economizando os cerca de €100 milhões que o Real Madrid desembolsou pelo inglês.
Essa decisão permitiu ao clube:
Manter o equilíbrio financeiro
Não sobrecarregar o elenco com um salário estratosférico
Dar continuidade ao trabalho de reconstrução pós-Klopp
O técnico holandês Arne Slot, que assumiu após a era Klopp, mostrou que a continuidade pode ser mais valiosa que estrelas individuais. Com apenas uma contratação (Federico Chiesa, que teve participação limitada), Slot soube extrair o máximo de um elenco que já conhecia a filosofia do clube.
“Tínhamos todas as peças necessárias”, declarou Slot em entrevista coletiva. “Às vezes, a melhor contratação é aquela que você não faz.”
Enquanto Bellingham brilhava na Espanha, no Liverpool Alexis Mac Allister assumiu o protagonismo no meio-campo. O argentino, que chegou por valor consideravelmente menor, tornou-se o cérebro da equipe campeã:
8 gols
9 assistências
87% de passes certos
“Não trocaria nosso grupo por nenhum outro”, afirmou Virgil van Dijk durante as comemorações.
Com o título conquistado e as finanças equilibradas, o Liverpool agora pode planejar o futuro com mais tranquilidade. Especialistas sugerem que o clube deve:
Manter a política de contratações conscientes
Investir em jovens promessas
Consolidar o trabalho de Slot
A lição parece clara: no futebol moderno, as melhores decisões são às vezes as oportunidades que se deixa passar.